quinta-feira, outubro 06, 2005

Coisas simples

Esta pequena história fez-me pensar na importância das coisas mais simples da vida e que nem sempre são devidamente valorizadas...

Um fósforo, uma bala de menta, uma xícara de café e um jornal....


Um homem estava dirigindo há horas e, cansado da estrada, resolveu procurar um hotel ou uma pousada para descansar. Em poucos minutos, avistou um letreiro luminoso com o nome:

Hotel Venetia.

Quando chegou à recepção, o hall do hotel estava iluminado com luz suave. Atrás do balcão, uma moça de rosto alegre o saudou amavelmente:
"- Bem-vindo ao Venetia!"
Três minutos após essa saudação, o hóspede já se encontrava confortavelmente instalado no seu quarto e impressionado com os procedimentos: tudo muito rápido e prático.
No quarto, uma discreta opulência; uma cama, impecavelmente limpa, uma lareira, um fósforo apropriado em posição perfeitamente alinhada sobre a lareira, para ser riscado. Era demais! Aquele homem que queria um quarto apenas para passar a noite começou a pensar que estava com sorte.
Mudou de roupa para o jantar (a moça da recepção fizera o pedido no momento do registro). A refeição foi tão deliciosa, como tudo o que tinha experimentado, naquele local, até então. Assinou a conta e retornou para o quarto.
Fazia frio e ele estava ansioso pelo fogo da lareira. Qual não foi a sua surpresa! Alguém havia se antecipado a ele, pois havia um lindo fogo crepitante na lareira. A cama estava preparada, os travesseiros arrumados e uma bala de menta sobre cada um. Que noite agradável aquela!
Na manhã seguinte, o hóspede acordou com um estranho borbulhar, vindo do banheiro. Saiu da cama para investigar. Simplesmente uma cafeteira ligada por um timer automático, estava preparando o seu café e, junto um cartão que dizia:
"Sua marca predileta de café. Bom apetite!"
Era mesmo! Como eles podiam saber desse detalhe? De repente, lembrou-se: no jantar perguntaram qual a sua marca preferida de café. Em seguida, ele ouve um leve toque na porta. Ao abrir, havia um jornal.
"Mas, como pode?! É o meu jornal! Como eles adivinharam?"
Mais uma vez, lembrou-se de quando se registrou: a recepcionista havia perguntado qual jornal ele preferia.
O cliente deixou o hotel encantando. Feliz pela sorte de ter ficado num lugar tão acolhedor.
Mas, o que esse hotel fizera mesmo de especial? Apenas ofereceram um fósforo, uma bala de menta, uma xícara de café e um jornal.

Nunca se falou tanto na relação empresa-cliente como nos dias de hoje. Milhões são gastos em planos mirabolantes de marketing e, no entanto, o cliente está cada vez mais insatisfeito, mais desconfiado. Mudamos o layout das lojas, pintamos as prateleiras, trocamos as embalagens, mas esquecemos-nos das pessoas. O valor das pequenas coisas conta, e muito. A valorização do relacionamento com o cliente. Fazer com que ele perceba que é um parceiro importante!
Isto vale também para nossas relações pessoais (namoro, amizade, família, casamento) enfim pensar no outro como ser humano é sempre uma satisfação para quem doa e para quem recebe.
"Seremos muito mais felizes, pois a verdadeira felicidade está nos gestos mais simples de nosso dia-a-dia e na maioria das vezes passam despercebidos".

6 comentários:

Anónimo disse...

Terrific blog keep up the good work I will be back

I have a miniature golfsite. It pretty much covers golf related stuff.

I would love to see you there if you get time :-)

pisconight disse...

Gostei da história e concordo com a tua afirmação sobre a importância das coisas mais simples da vida, que nem sempre são devidamente valorizadas...

Ana, Dona do Café disse...

verdade verdadinha...!
No meu curso, que está relacionado com publicidade, marketing e relações públicas, é sempre importante lembrar que estamos a lidar com um meio social que procura, identifica-se com, procura informar-se, questiona-se mas, fundamentalmente é detentor da sua própria visão das coisas, é no seu "mundo" que reconhece os elementos que o rodeiam...
E as pequenas coisas são as que mais cativam porque as temos como tão pessoais e tão "nossas" que nos pode acontecer como o senhor que encontrou no hotel venetia o que nunca tinha encontrado noutro hotel, uma familiariedade (soa-me estranho, sou disléxica, mas acho que é isto que quero escrever :P), uma identificação pessoal...e claro, ficou satisfeito.
Gostei do post ;)!
beijo
(e já agora,obrigada pela visita ao meu café; e parabéns pelo blog, é a primeira vez que cá venho e gostei bastante...parece-me que vou começar a dar cá um saltinho de quando em quando! *)

O Sabor das Lagrimas disse...

Gostei da história, mas como profissional de marketing só posso comentar como está desactualizada. Se há uns 20 ou 30 anos fazia todo o sentido, nos dias que correm, nem por isso. O Marketing cada vez mais, caminha para uma relação pessoal, de pessoa para pessoa em vez de fornecedor para cliente. Daí o termo de Marketing relacional. Mas concordo perfeitamente que são as pequenas coisas da vida que realmente mudam o nosso estado de espírito todos os dias. Boa história! ;)

Anónimo disse...

gostei bastante desta história. gostaria saber se te podia mandar um mail. se sim para onde? osabordaslagrimas@hotmail.com

"Roberta" disse...

Adorei! :-) o texto por sí só já parece tão acolhedor que é fácil imaginar as cenas! Tudo de bom!