terça-feira, janeiro 03, 2006

Estranho furto

Na noite silenciosa e azulada
No pousar do orvalho sobre as ramagens,
Durante o repouso sereno das aves
E no desabrochar das damas da noite,
Quero roubar teus sentidos a mão armada,
Assaltar teu corpo e recolher teus sentimentos,
Como larápia discípula de cupido!
Quero pegar-te desarmado
Numa hora qualquer desta noite.
Amanhã, não importa! ...
Quero que teu coração se surpreenda,
Se assuste e me prenda em teus afetos.
Depois, no calabouço dos gemidos,
O tilintar das correntes partindo
No auge dos apertos e abraços sôfregos...
Passarei a vida na cadeia das quimeras,
E nas grades deste grande amor,
Narrando a história de um estranho furto,
Entre um homem tímido e uma mulher apaixonada.
( Ruth Souza Saleme)

8 comentários:

marCOX disse...

perfeitamente...

Unknown disse...

"Como larápia discípula de cupido!
Quero pegar-te desarmado
Numa hora qualquer desta noite."

Ficarei ansiosamente à espera!!!!

Abraços

Sol disse...

Muito bonito...
Sem coméntario possivel.
Excelente escolha

beijinho;)

Squeezy disse...

Adoro este tipo de poesia..penso k transmite imensa sensualidade e desejo...mto bonito msm....

Amaral disse...

Na Guarda faz frio, muito frio. Mas este estranho furto foi numa noite silenciosa e azulada.
Gostei do poema, porque tem garra e sensualidade.
Uma autêntica "larápia de cupido"!...

Freddy disse...

Pensava q era da Ruth Marlene... ;)

Beijitos da Zona Franca

Alentejano disse...

Mas que romantico

Anónimo disse...

beijokas e bom fim de semana**